O governo francês rejeitou mais uma vez o casamento gay. O debate aconteceu nesta quinta-feira (9) no Parlamento da França, quando o Partido Socialista (PS) apresentou o projeto de lei.
O ministro da Justiça, Michel Mercier, disse durante o debate que o casamento "representa a base da família", mas concordou que hoje em dia as uniões heterossexuais não são as "únicas existentes". O ministro também ressaltou a importância de discutir a questão para esclarecer a sociedade sobre estas novas uniões.
Em 1999, a França criou o Pacto Civil de Solidariedade (PACS), um contrato de união estável que pode ser firmado por casais homossexuais e heterossexuais. A medida foi aprovada no governo de Lionel Jospin (PS). O deputado socialista Michel Bloche, relator do projeto de lei do casamento gay, lamentou o veto do governo Sarkozy.
O deputado lembrou que já há sete países europeus que reconhecem o casamento gay: Holanda, Bélgica, Espanha, Noruega, Suécia, Portugal e Islândia. Bloche também disse que todos esses países têm suas respectivas estruturas baseadas na religião e nem por isso "a família tradicional desapareceu".
Michel Bloche também declarou que um dia a França já foi o país mais avançado em direitos humanos LGBT e hoje "é o mais atrasado". "Precisamos alcançar um novo patamar da igualdade de direitos", disse.