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Governo suíço defende o sexo sem camisinha

Na Conferência Internacional da AIDS, que termina hoje (08/07) no México, o governo suíço causou polêmica ao declarar que "os remédios contra a AIDS já permitem que uma pessoa contaminada pelo HIV e sem sintomas, mas que tome regularmente os medicamentos, possa manter relações sexuais sem preservativo e sem risco de contaminar o seu parceiro".

É a primeira vez que autoridades sanitárias de um país admitem recomendar às pessoas infectadas pelo vírus HIV que possam ter relações sexuais sem camisinha. Tal pronunciamento casou a ira de outras autoridades. Funcionários do programa de AIDS das Nações Unidas disseram que a medida do governo suíço é uma "irresponsabilidade" e que ainda é preciso mais estudos para se fazer este tipo de afirmação.

Por recomendação da comissão do Departamento de Saúde da Suíça, existem condições a serem cumpridas para que os portadores de HIV possam manter relações sexuais sem preservativos. Entre elas, o paciente tem que se submeter a um rigoroso tratamento antiviral e constantemente ser monitorado. Outra condição é que, em suas amostras de sangue, durante seis meses, não pode aparecer outras doenças sexualmente transmissíveis.

Mariângela Simão, diretora do Programa Nacional DST/AIDS, que participa da conferência no México, destacou que ainda é muito prematuro e que faltam dados científicos para o governo suíço justificar tal medida. Ela avaliou que é preciso "cuidado". Já o programa de AIDS das Nações Unidas disse que a recomendação do governos suíço não pode ser aplicada em países mais pobres e afirmaram ser contra a medida. Em nota, a ONU disse que é muito vaga a explicação [do governo suíço] e, "simplesmente vão acreditar que não há problemas em fazer sexo sem preservativo".

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