Em contradição com texto apresentado anteriormente, o Ministério da Educação excluiu da nova versão da Base Nacional Curricular as expressões “identidade de gênero” e “orientação sexual”. Em texto embargado (antes de se tornar publico) enviado na última terça-feira, 04, à imprensa, as menções constavam da grade curricular a ser ensinada em sala de aula. Antes da alteração o texto dizia que “a equidade requer que a instituição escolar seja deliberadamente aberta à pluralidade e à diversidade, e que a experiência escolar seja acessível, eficaz e agradável para todos, sem exceção, independentemente de aparência, etnia, religião, sexo, identidade de gênero, orientação sexual ou quaisquer outros atributos, garantindo que todos possam aprender”. Na nova versão, os termos “identidade de gênero” e “orientação sexual” foram retirados. No demais, o parágrafo acima permaneceu intocável. Outras passagens que mencionavam os termos também foram excluídas pelo Ministério. Outro Lado Em nota, o Ministério da Educação alegou que “o documento apresentado à imprensa (04/04) de forma embargada com antecipação, em função da complexidade do assunto, passou por uma última revisão. Em momento algum as alterações comprometeram ou modificaram os pressupostos da Base Nacional Comum Curricular”. O governo argumentou ainda que as mudanças foram feitas a fim de evitar “redundâncias”, embora apenas os termos referentes à diversidade sexual tenham sido revistos. “Não trabalhamos com questão de gênero. Trabalhamos com respeito à pluralidade, inclusive do ponto de vista de gênero, raça, tudo. Inclusive fomos até procurados por quem defendia ideologia de gênero e outros contra. Mas não queremos nem ser a favor nem contra”, finalizou.