Dois casais, um de lésbicas e outro de gays, aproveitaram a falha nos direitos civis gregos, que não determina o gênero dos companheiros, para realizar o primeiro casamento homossexual oficial da Grécia, causando ira da Igreja Ortodoxa e ameaças de acusações penais por parte do Ministério da Justiça. As informações são da agência Reuters.
O casamento foi conduzido pelo prefeito da cidade, Tassos Aliferis, em um cartório municipal. Evangelia Vlami, uma das noivas e porta-voz da Greece´s Gay and Lesbian Community (OLKE), organização que luta pelos direitos homossexuais, declarou estar emocionada por finalmente encontrar alguém que pudesse realizar seu sonho.
O Ministério da Justiça afirma que este tipo de união é ilegal e que o prefeito de Tilos enfrentará a corte. “A lei não permite união entre homossexuais”, alega um oficial que pediu anonimato.
O prefeito, porém, se diz determinado a defender o que ele entende por direitos humanos básicos.
Um padre ortodoxo descreveu a homossexualidade como uma praga e Hatzis Hatziefthimiou, prefeito da cidade vizinha, contrário ao matrimônio entre homossexuais, alega que suas praias recebem famílias de bem nos feriados e que seria terrível que eles pudessem se deparar com esse tipo de casal.
A OLKE, no entanto, espera que este casamento jogue luz sobre a homossexualidade e comece a mudar o comportamento da sociedade grega, que prefere fingir que ela não existe a reconhecer seus direitos legais.