Um clube underground, pessoas de todas as tribos, sobretudo gays, rock’n’roll e muita transgressão. Com essa receita inusitada, a festa Grind (“the rock project for mix people”) chega aos nove anos e continua a levar uma pequena multidão ao número 916 da rua Frei Caneca, indiscutivelmente o endereço mais gay de São Paulo.
Há quase uma década, sob a batuta do DJ André Pomba, o clube A Lôca recebe o público do projeto Grind na matinê mais bombada da cidade. Em quase 12 horas de festa (começando às 19h de domingo e indo até ás 6h de segunda), passam pelo inferninho roqueiros, gays, lésbicas, travestis, mauricinhos e toda a sorte de pessoas que você possa imaginar, todos a fim de ouvir o bom e velho rock e vertentes (alternativo, gótico, electro, britpop, indie, black, anos 80 etc).
Para o DJ Pomba, a ousadia é a principal marca da festa. “No início, sofremos preconceito do público de rock e do público gay, mas tive apoio d’A Lôca, que bancou um projeto que mudou o mapa da noite de São Paulo. Lembro quando começamos o rock estava em baixa, ninguém falava de anos 80, por exemplo. Ousamos quando todo mundo fazia o básico e conseguimos virar referência.”
No mês de maio, haverá programação especial para comemorar o aniversário do Grind. Começando neste domingo (6), a festa trará Ângela Rô-Rô, Leila Maria e Edu K para performances no palquinho do clube. Para o comando das pick-ups foram convidados os DJs Thy, Sérjô, André Fischer, Tony Sobrinho, Dorian Heels e Sunshine vs Helanca.
Que os deuses do rock abençoem o Grind.
Serviço:
Clube A Lôca
R. Frei Caneca, 916, Consolação; tel. 11 3159-8889; domingo (6); das 19h às 6h; entrada: com flyer R$ 10 até 20h, após R$ 15 (sem flyer, R$ 25)
www.aloca.com.br