Com mais de quarenta atrações previstas em seu line up, o Ultra Music Festival (UMF), evento que acontece anualmente em Miami e realizou a sua primeira edição brasileira no último sábado (06), na Chácara do Jockey, teve os seus grandes momentos garantidos pela presença dos veteranos da música eletrônica Groove Armada e Fat Boy Slim.
Groove Armada subiu ao palco pontualmente às 19h. A dupla vem de uma bem sucedida turnê do último disco, "Black Lights", mas no UMF Andy Cato e Tom Findlay, que ficaram responsáveis pelas pick-ups, fizeram um DJ set denso, que agradou o público. As pessoas foram ao delírio quando a dupla executou o hit "Superstyling", única música mais conhecida do show, que durou 1h30.
Após a dupla, quem se apresentou foi o DJ e produtor norte-americano Kaskade, que era muito esperado pelo público. Apesar da boa vontade do músico, seu set foi morno e muita gente dispersou.
Às 22h, Fat Boy Slim subiu ao palco e reafirmou seu status como um dos principais DJs da música eletrônica mundial. É impressionante como o DJ e produtor Norman Cook conseguiu manter o público empolgado durante a sua apresentação. A energia entre as pessoas permaneceu constante – nem mesmo a falha que houve logo no início do show atrapalhou a festa.
Quem também se apresentou no UMF foi o multiinstrumentista Moby, cujo DJ set agradou e surpreendeu muita gente. Muito animado e contagiante, usando a camiseta do Joy Division, Moby subiu à mesa de som e interagiu com a plateia. Tocou "Born Slippy", do Underworld, e "Feeling for you", do Cassius, e também músicas de seu álbum "Wait For Me". Um dos ápices foi o hit "Go", do álbum de estreia, de 1992. Moby fez um set empolgante, mostrando ser também um bom DJ.
Com a intenção de atrair o público GLS, os organizadores fecharam parceria com o clube paulistano "The Week", cuja tenda reuniu modernos e muitos casais gays. Tocaram no espaço da TW os DJs Eric Starsse, Renato Cecin, Ralph Rosário, João Neto e Leandro Becker. A decoração da tenda, com as cores do arco-íris, chamou a atenção, pena que ela ficou escondida atrás do palco e muita gente demorou para descobrir o local.
Apesar da ótima produção técnica e dos grandes shows, os organizadores do evento pecaram em algumas coisas. A principal e motivo de discórdia entre muita gente foi que o line up não continha os horários das apresentações. Outra falha é que o evento tentou ser uma "rave diurna", porém, eram 21h e ainda havia gente chegando ao local, com o evento quase no fim.
Espera-se que na próxima edição – os organizadores têm direito de usar a marca UMF até 2015 – a segurança seja melhor, pois nesta edição mostrou-se despreparada. O serviço dos caixas e dos bares também poderia ser mais eficiente (o público demorava, em média, 20 minutos para comprar uma bebida).
*Colaborou Régis Olivar