Junto com mães de alunos gays, o Movimento de Integração e Libertação Homossexual do Chile (Movilh) fez pronunciamento frente a mídia local para denunciar casos de discriminação sexual nos colégios do país. Também pediram aos alunos que sofreram tais intimidações para que percam o medo e denunciem.
O ato da organização surgiu após alunos do colégio Los Conquistadores de Cerrillos terem ido pessoalmente ao Movilh para denunciar que sofrem constantemente intimidações por serem lésbicas ou gays.
Em seu comunicado, o Movilh diz que "no colégio Los Conquistadores há um histórico negativo quanto a abordagem da homossexualidade. Não podemos esquecer o caso de uma aluna que se suicidou no dia 19 de novembro. Claro que não podemos responsabilizar a escola, mas também não podemos ignorar o processo de bullying".
Ainda segundo o relatório, com base em depoimentos de colegas da aluna suicida, ela foi humilhada após ter assumido que era lésbica e que tal fato pode ter acarretado em sua morte.
Prosseguem e afirmam que o colégio nada fez para remediar tal situação. "Muito pleo contrário. A recriminaram, humilharam e a trataram da pior maneira possível por conta de sua orientação sexual. Primeiramente recebemos denuncias anônimas, depois fomos investigar e descobrimos outros casos", disse o grupo Movilh em reunião com dirigentes do Ministério da Edução Chilena, que já investiga as denúncias.
O Movimento pela Integração e Libertação Homossexual convocou outros alunos que sofreram algum tipo intimidação por conta de sua orientação sexual a denunciarem, pois, só assim, "quando aqueles que sofreram discriminação formalizarem a denuncia nas instâncias correspondentes, podemos alcançar a justiça". Concluem dizendo que "não é possível que atos tão graves continuem a acontecer nas escolas".
A denúncia do grupo Movilh para a imprensa causou rápidos resultados. Logo após tomar conhecimento a ministra da Educação, Monica Jiménez, disse à imprensa que este tipo de discriminação deve ser execrada.
"Esse nível de prepotência, agressividade e intenção de dano denunciada por este movimento, não pode ser tolerado e nem aceito em nome de nenhuma bandeira", enfatizou a ministra. O Colégio Los Conquistadores se pronunciou e disse que irá tomar todas as providências cabíveis e legais para contornar tal realidade.