O antropólogo e fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), Luiz Mott, declarou que a partir de 2012 a entidade não irá mais contabilizar o número de homossexuais assassinados no país.
Em carta enviada à 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos LGBT, Mott afirma que quem deve realizar esse levantamento é o governo federal, já que não promove iniciativas para criminalizar ataques contra homossexuais.
"Nunca, como nos últimos dez anos, o governo federal fez tanta propaganda, prometeu maravilhas, fez conferências e grupos de trabalho e não obstante, como disse duas vezes a senadora Marta Suplicy, a situação piorou para os homossexuais no Brasil. Na Argentina tem casamento gay, aqui tem espancamento!", afirmou Mott.
De acordo com o antropólogo, no governo da presidente Dilma Rousseff "a imprensa noticia um assassinato a cada 36 horas". Sendo assim, ele passará a responsabilidade de notificar esses casos à Secretária Nacional de Direitos Humanos. "Quem pariu Mateus, que o embale", declarou.