Está marcado para às 17h desta quinta-feira (10/09), um ato público em frente à Prefeitura de Niterói, para protestar contra uma veto do prefeito Jorge Roberto da Silveira (PDT) à Parada Gay da cidade.
O GDN – Grupo Diversidade Niterói – é quem encabeça o ato. De um lado, a Prefeitura negou autorização para a realização da manifestação do Orgulho LGBT, que aconteceria em 04 de outubro.
A justificativa apresentada, classificada como "frágil" por membros da associação, foi o impacto no trânsito e perturbação da ordem. A Prefeitura então sugeriu que a Parada ocorresse no centro da cidade, na avenida Amaral Peixoto.
Do outro lado da corda o grupo quer que o evento continue sendo na Praia de Icaraí, onde já acontece há quatro anos. O GDN e o 7 Cores se reuniram na semana passada com ativistas do Grupo Arco-Íris, Liberdade e Mover-se (com atuações no Rio de Janeiro, São Gonçalo e Nova Friburgo, respectivamente) para discutir a situação.
Após o encontro, os grupos niteroienses querem sensibilizar o prefeito para os efeitos negativos que viriam com a mudança no local da manifestação. Entre os problemas apurados estão a pouca extensão da via para a realização da marcha; a proximidade aos 3 maiores hospitais da cidade e a consequente obstrução da passagem de veículos.
Os responsáveis pelo evento temem ainda abrir um precedente que repercutirá em outros eventos de visibilidade LGBT. Em junho deste ano, após a realização da Parada Gay de São Paulo e a morte de Marcelo Campos Barros, o Ministério Público sinalizou interesse em retirar a manifestação da avenida Paulista.
Nas últimas semanas, após um ofício do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) endossar o pedido de um plebiscito sobre a continuidade da Parada na Paulista, o prefeito da cidade, Gilberto Kassab (DEM), reuniu-se com integrantes da Cads – Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual – e manifestou interesse na permanência da manifestação na Paulista.
