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Grupos gays protestam contra “bomba” e agressões pós-Parada neste sábado

Após as várias denúncias de casos de agressão ocorridos momentos depois da 13ª Parada do Orgulho Gay de São Paulo, a Associação da Parada do Orgulho GLBT (APOGLBT), junto com o Grupo Corsa, o Fórum Paulista LGBT e ativistas independentes como Regina Facchini, Isadora Lins e Ana Paula Vencato, irão realizar uma manifestação contra a homofobia no sábado (20/06), a partir das 19h, na avenida Dr. Vieira de Carvalho.

A associação que organiza a Parada Gay de São Paulo afirma em nota oficial que considera os atos ocorridos pós-parada "marcadamente homofóbicos". Entre eles, o "espancamento na rua Frei Caneca e o arremesso de uma bomba de um condomínio na avenida Dr. Vieira de Carvalho". A direção da entidade ressalta que a comunidade LGBT está submetida a tais atos homofóbicos "cotidianamente" e que por meio de ofício encaminhado à Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo pede ao órgão "rigor na apuração dos fatos e na punição dos autores de tais atos de violência".

Confira na íntegra a nota oficial emitida pela Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo:

"Nota oficial da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo sobre casos de violência homofóbica pós-Parada

Considerando as manifestações homofóbicas ocorridas em locais de freqüência de LGBT após a realização da XIII Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, a Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo vem a público manifestar sua indignação e esclarecer que:

a. Como entidade organizadora da Parada, a Associação da Parada trabalha em parceria com a Polícia Civil e Militar para evitar situações de violência e desrespeito à legislação vigente, o que sempre fez da Parada uma atividade pacífica e com baixos índices de ocorrências relativamente às proporções da manifestação;

b. Como entidade ativista pelos direitos LGBT, a Associação da Parada considera que os atos marcadamente homofóbicos que ocorreram após o evento, como o espancamento na rua Frei Caneca e o arremesso de uma bomba de um condomínio na Avenida Dr. Vieira de Carvalho, são expressões da homofobia a que estão submetidos cotidianamente LGBT na cidade de São Paulo e no Brasil. Pesquisas como a recentemente divulgada pela Fundação Perseu Abramo trazem dados que revelam um país marcadamente homofóbico (na pesquisa divulgada pela FPA, 92% de entrevistados em 150 municípios espalhados pelo país reconheceram que existe preconceito contra LGBT e cerca de 28% reconheceram e declararam seu preconceito);

c. Consideramos, ainda, que os casos ocorridos se revestem de especial gravidade, sobretudo pelo significado que adquirem ao atingir integrantes de uma comunidade altamente estigmatizada e violada em seus direitos no dia em que se manifesta em favor do reconhecimento desses direitos;

d. Assim sendo, reiteramos nosso clamor, expresso também por via de Ofício encaminhado pela Associação da Parada, para que a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo atue com afinco e rigor na apuração dos fatos e na punição dos autores de tais atos de violência;

e. Conclamamos, junto a outros grupos LGBT e entidades da sociedade civil da cidade e do estado de São Paulo, a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais e a população solidária a comparecer à manifestação "Homofobia, Basta! Justiça, já!", que ocorrerá no próximo sábado 20 de junho, na Av. Dr. Vieira de Carvalho, a partir das 19 horas.

Diretoria da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo
São Paulo, terça-feira, 16 de junho de 2009"

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