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help i´m a bonsai kitten

Continuando a série de entrevistas com as atrações musicais da VI Caminhada de Lésbicas e Bissexuais, agora é a vez das meninas do help! i’m a bonsai kitten.

A banda surgiu no início de 2006, por conta da necessidade de expressar assuntos relacionados à atitude dyke e feminista, e as componentes, Dree, Deh, Julia e Cíntia tocam dyke rock da melhor qualidade! Leia abaixo:

Dykerama.com – Como surgiu a banda? E o nome? Foi proposital montar uma banda só de meninas?
Nos conhecemos no escadão gay da faculdade e, num dia de manhã, resolvemos meio que de repente que íamos tocar juntas. Quando entramos no estúdio pela primeira vez, não tínhamos muita idéia do que fazer, a gente fazia uns covers dos sons que a gente curtia, mas tudo saía meio torto. Então a gente percebeu (na prática, mesmo) que seria melhor criar nossas próprias músicas – e assim surgiu nosso dyke rock e nos tornamos o help! i’m a bonsai kitten. Nosso nome veio da lenda dos bonsai kittens; tudo começou com um site que (supostamente) vendia gatinhos criados dentro de garrafas, alimentados por sonda. Eles cresciam deformados, moldados pela forma da garrafa. A gente se identificou com os bonsai porque acreditamos que as mulheres também são moldadas socialmente de acordo com os valores patriarcais em que ainda vivemos.

Dykerama.com – O que vocês acham de ter um público fiel de lésbicas? Vocês esperavam isso?
Vivemos a cultura dyke diariamente e nossa produção musical é composta pelas nossas próprias experiências. Portanto, é natural que tenhamos esse público cativo. E achamos que é exatamente por causa dessa unidade e dessa coerência que acabamos atingindo também uma galera que tem outros estilos de vida, mas que se interessam, de alguma forma, pela nossa produção.

Dykerama.com – Qual a importância da Caminhada de Lésbicas e Bissexuais? Por que é importante um evento como esse ser separado da Parada?
A Caminhada Lésbica é um evento político e social importantíssimo. A Deh (guitarrista) fez parte do grupo Umas e Outras, que organizou a primeira Caminhada. O evento surgiu da necessidade de criar um espaço maior para a visibilidade lésbica dentro do movimento gay. A Parada Gay é incrível e já abriu várias portas para a diversidade sexual no Brasil. Entretanto, a Caminhada Lésbica pontua algumas questões que não têm espaço dentro da Parada Gay. Afinal, antes de sermos homossexuais, somos mulheres. E, no fim, isso faz uma diferença absurda.

Dykerama.com – Qual a expectativa de vocês ao tocarem na Caminhada?
É uma honra podermos fazer parte desse evento. A gente espera, como muitas outras dykes, que o evento ganhe cada vez mais visibilidade, e possa servir de referência para muitas mulheres que até hoje só puderam se expressar livremente entre quatro paredes.

Dykerama.com – E o que vocês estão preparando pra animar as meninas?
A gente espera quebrar tudo! Vamos tocar as músicas do nosso álbum Dykeland, que está em fase de gravação, e vamos mandar um cover de uma mina que abalou os anos 80 entoando pelo mundo a fora que as mulheres, antes de tudo, querem mesmo é se divertir. Lembram dela?


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