O artigo ultra-homofóbico de J.R. Guzzo publicado na revista "Veja" dessa semana continua rendendo.
Uma página no Facebook foi criada pleiteando um boicote à publicação. "Precisamos nos manifestar para mostrar que não toleramos que a Veja, ou qualquer outra publicação, promova um discurso de preconceito", diz o texto da página.
Os idealizadores propõe que todos pratiquem seu ativismo manifestando seu repúdio ao artigo. Seja através do envio de cartas para a revista, emails, SAC da Editora Abril e página da Veja no Facebook.
O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) também declarou sua opinião quanto ao artigo da publicação. "A coluna é um monumento à ignorância, ao mau gosto e ao preconceito", disse.
Wyllys, que lidera no Brasil a luta pelo Casamento Civil Igualitário, falou sobre as declarações do colunista J.R. Guzzo acerca do tema.
"A luta do movimento LGBT pelo casamento civil igualitário é semelhante à que os negros tiveram que travar nos EUA para derrubar a interdição do casamento interracial, proibido até meados do século XX. E essa proibição era justificada com argumentos muito semelhantes aos que Guzzo usa contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo", concluiu, com inteligência, o parlamentar.
O deputado também fala sobre a questão levantada pelo autor do artigo, que argumenta que as pessoas não são obrigadas a gostar dos gays, da mesma maneira que podem não gostar de espinafre e de cabras e que, por isso, a lei que criminaliza a homofobia seria desnecessária.
"A lei não pode obrigar ninguém a 'gostar' de gays, lésbicas, negros, judeus, nordestinos, travestis, imigrantes ou cristãos. E ninguém propõe que essa obrigação exista. Pode-se gostar ou não gostar de quem quiser na sua intimidade. Mas não se pode injuriar, ofender, agredir, exercer violência, privar de direitos. É disso que se trata". Para ler o texto do deputado Jean Wyllys na íntegra, clique AQUI.
Mas, talvez a melhor resposta para o artigo "Parada gay, cabra e espinafre", de J.R. Guzzo, esteja no vídeo abaixo. Hitler, injuriado, convoca uma reunião de pauta na Editora Abril para expor o que ele e a classe média brasileira pensam sobre a comunidade LGBT.
Assista.