O sul-africano Andile Ngcoza, 43, é acusado de estuprar na última sexta-feira (02/04) uma mulher lésbica de 30 anos na cidade de Gugulethu.
Andile disse ter violentando a mulher porque queria “torná-la heterossexual”. No tribunal, o sul-africano respondeu às acusações de estupro e cárcere privado.
Ao juiz, Andile disse que conhecia a mulher há muitos anos e que eles fumaram juntos na noite anterior ao crime. Ele então assumiu que a violentou e a estuprou após trancá-la em seu quarto.
Os vizinhos ouviram gritos e invadiram a casa de Andile para resgatar a mulher. A vítima afirmou que Andile ameaçou matá-la e que a deixaria grávida para que se “tornasse mulher”.
De acordo com relatório divulgado no ano passado, a África do Sul registra altos índices de “estupros corretivos” e ataques contra homossexuais. Em Johanesburgo e na Cidade do Cabo, mulheres lésbicas têm sido vítimas de ataques homofóbicos e os estupros são normalmente vistos como forma de castigo ou “cura”.
Dados oficiais do governo indicam que cerca de 500 mil estupros ocorrem anualmente no país e, dos 25 homens presos por esse tipo de crime, 24 estão livres.