Tom Gallagher, um homem de 45 anos natural de Leeds, está se preparando para participar de uma luta de boxe beneficente em março, após se tornar vítima de ataques homofóbicos em sua vida. Ele se sente motivado a aprender a se defender, especialmente depois de ter sido agredido por usar uma camiseta que expressava sua orientação sexual. Tom relata que, em uma ocasião, foi agredido fisicamente na frente da estação central de Newcastle, simplesmente por ser gay.
Cansado de ser intimidado e agredido, Tom decidiu que era hora de aprender a se defender. “Sempre fui pequeno e tranquilo, mas as pessoas não percebem que eu tenho um temperamento e podem me provocar”, ele comenta. Ele acredita que deveria ter tomado essa decisão há 25 anos atrás. Atualmente, ele está em treinamento intensivo para a luta, embora admita que é uma experiência assustadora.
“É muito perigoso se você não levar a sério e não treinar adequadamente. Existe um grande risco no que eu decidi fazer”, afirma. No entanto, o que realmente o preocupa não é a luta em si, mas a venda de ingressos. Para competir, cada lutador deve vender pelo menos 10 ingressos. Se não conseguir, não poderá lutar. “Se as pessoas puderem comprar os ingressos, poderei lutar e aprender a me defender”, diz ele.
O evento tem um propósito ainda mais significativo para Tom, que deseja arrecadar fundos para a Fire Fighters Charity, uma organização que o ajudou em sua infância após um incêndio em sua casa. “Os bombeiros salvaram minha vida quando eu era criança, e eu nunca esqueci. Quero retribuir e ajudar a promover o bom trabalho que eles fazem”, acrescenta. Tom ressalta que a organização é extremamente subfinanciada e pouco conhecida, e que sua meta é aumentar a conscientização sobre o trabalho vital que realizam.
A luta de Tom ocorrerá no dia 29 de março no The Fed, em Gateshead. Ele está determinado a fazer a diferença, tanto para si mesmo, aprendendo a se defender, quanto para uma causa que lhe é muito querida. A luta não é apenas uma oportunidade de se defender, mas também um meio de ajudar os outros e criar conscientização sobre a luta contra a homofobia e o apoio a instituições que salvam vidas.
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