Sexo é bom e todo mundo gosta, certo? Melhor ainda se for bom e prazeroso para ambos… pelo menos, essa deveria ser uma premissa em qualquer relação. Entretanto, não é incomum, aliás, é bastante comum, ver mulheres reclamando do desempenho dos seus parceiros que, muitas vezes, não se preocupam com a satisfação daqueles que lhe satisfazem.
Esse comportamento egoísta não é exclusivo de relações heterossexuais, pelo contrário, é muito perceptível também nas homoafetivas. É comum o ativo (aquele que introduz) ter um “comportamento hétero”, egocêntrico, ou seja, pensar apenas no seu próprio prazer, pouco importando se o outro (o passivo, aquele que é penetrado) está sentindo desconforto.
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Uma matéria do site BuzzFeed corrobora essa tese. A publicação entrou em um grupo no Facebook exclusivo para gays ativos onde, entre outros assuntos, um dos temas era o prazer que eles sentem ao ver que o passivo está sofrendo, ou seja, sentindo dor no ato sexual.
“Não vou mentir, me dá tesão ver que a pessoa está sofrendo ali. Entro em êxtase“, disse um. “Sim muito prazer, me dá muito tesão quando imploram pra parar, porque estão sentindo dor“, afirmou outro.
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Segundo o psicólogo Cassio Fernandes, essa atitude reflete o quanto o machismo é presente até mesmo na relação entre dois homens. “O sexo, deve ser prazeroso para os dois. Infelizmente, essa atitude reflete o quanto o machismo impera na nossa sociedade e pode ser presente em qualquer tipo de relacionamento, seja homoafetivo ou hétero. Em uma relação entre um homem e uma mulher, é comum o cara não se preocupar se a parceira chegou ao orgasmo, muitos simplesmente gozam e acabou. Já em uma relação homo, muitas vezes, quem está sendo ativo, também não tem essa preocupação. E pra variar, não se importa se está causando sofrimento ao parceiro, ao invés de prazer“, explicou.
O especialista ainda acrescenta que o diálogo é sempre uma excelente opção se você não está satisfeito com o comportamento sexual do seu parceiro.
“Entendam, sexo deve ser prazeroso para ambas as partes. Por isso, não se permita apenas proporcionar prazer, muito menos, se isso te causar sofrimento. Conversar, é sempre uma ótima opção quando as coisas não andam bem“, recomendou.
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