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HOMOFOBIA: Gay assumido, jornalista Fefito é ameaçado de morte

A violência contra LGBTs tem se tornada cada vez mais escrachada. Na ausência de políticas públicas que protejam essas pessoas, os criminosos não param de atacar a gente que é gay, lésbica, bi e trans. Na última sexta-feira, 29, o jornalista Fernando Oliveira, mais conhecido por seu apelido Fefito, fez um post desabafando no Instagram, após receber um e-mail enviado por um homofóbico, onde é ameaçado de morte. “Eu já anotei todos os seus horários e irei descarregar o meu 38 (arma) em ti. Odeio viados, são promíscuos e um poço de AIDS. Não adianta fingir ou se esconder (muito menos abrir B.O.) eu sou inimputável e irei fazer esse ato santo”, escreveu o ameaçador no e-mail endereçado ao apresentador do programa “Estação Plural”. Fefito é homossexual assumido. Em sua rede social, ele escreveu que “a sensação de ler um ataque tão cruel é de dormência”. “De que adianta acreditar que a vida não tá mesmo em risco e vai seguir acontecendo. Que tudo é pegadinha”, desabafa. “Eu vou pedir punição a quem promove o terror. A quem tirou o sossego da minha mãe. Pegadinha ou vida real, não se ameaça ninguém de morte. E eu não vou ter medo”, completou, afirmando que a cada dia “estará mais orgulhoso” em ser gay. “O ódio de ninguém vai parar o amor em meu coração. Sejamos firmes”, finalizou.

Hoje fui ameaçado de morte. Alguém me mandou uma mensagem dizendo que sabe de todos os meus horários, que vai descarregar um 38 em mim por um único e simples fato: eu sou gay. A sensação de ler um ataque tão cruel é de dormência. De querer acreditar que a vida não tá mesmo em risco e vai seguir acontecendo. Que tudo é pegadinha. Mas aí eu lembro que não era pegadinha apanhar no colégio por ser afeminado. Não era pegadinha ter fotos suas espalhadas com “viado” escrito na testa e batom passado na boca. Não era pegadinha acordar com medo de apanhar. Não era pegadinha ter de fugir de gente me perseguindo na rua. Não é pegadinha o Brasil ser o país que mais mata LGBTs em todo mundo. Não é pegadinha a expectativa de vida das mulheres trans ser de 35 anos. Não é pegadinha. É nossa vida. Nossa realidade. Todo dia. Toda hora. A gente vive com medo. Por mais conforto que uma – pequena -parcela da população LGBT tenha, ela também vive com medo. De ser excluído pela família, de ter seu amor escondido, de apanhar. De morrer. Por mais que esse país seja formado por pessoas que insistem que não existe homofobia (nenhum hetero morre por ser hetero, hellooooo!), por mais que a homofobia não seja criminalizada, por mais que as investigações raramente deem em algo, eu vou atrás de meus direitos. Eu vou pedir punição a quem promove o terror. A quem tirou o sossego da minha mãe. Pegadinha ou vida real, não se ameaça ninguém de morte. E eu não vou ter medo. Eu não vou varrer minha vida pra baixo do tapete. Eu vou estar atento e forte. E a cada dia mais orgulhoso de quem sou. Minha vida vale muito. E a sua também. O ódio de ninguém não vai parar o amor em meu coração. Sejamos firmes! 💪🏻🌈🏳️‍🌈

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