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Homossexuais são torturados e mortos em clínicas de “cura gay” no Equador

A ministra de Saúde do Equador, Carina Vance, confirmou nessa última quarta (24) a existência de uma rede de centros de reabilitação que prometem a “cura gay” no país.

Agressões físicas, uso de água gelada, dopagem e outros tipos de tortura e violações de direitos humanos são parte do "tratamento” para "desintoxicar e curar” pessoas homossexuais no Equador.

Uma série de denúncias indicou ao governo a existência de 18 centros, dos quais 15 praticam essas agressões e três apresentaram más condições sanitárias.

Por conta disso, há cerca de oito meses foi criada uma Comissão Nacional Interinstitucional encarregada de detectar as clínicas clandestinas.

Há pelo menos 13 anos que associações gays do Equador denunciam a existência destes centros clandestinos.

Até 1997, a homossexualidade era considerada crime no país e o Código Penal estabelecia penas de quatro a oito anos de prisão.

Segundo as denúncias, duas pessoas morreram em consequências desses "tratamentos" no ano passado, em Machla e  Guayaquil.

Para reverter a situação, o governo anunciou um plano de investimento para dez anos que prevê a construção de 950 centros de atenção integral com serviços de saúde mental em todo o território do país.

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