O documentário “How To Survive a Plague”, que traça a trajetória da luta de um grupo de ativistas dos Estados Unidos para que a indústria farmáceutica e o governo não ignorassem a Aids, está concorrendo ao Oscar deste ano.
No filme, o diretor David France acompanha o dia-a-dia dos integrantes do ACT UP, coletivo formado em 1987 por ativistas de Nova York que protestaram contra o descaso das autoridades com relação ao avanço da Aids e exigiam pesquisas de medicamentos para combater a doença.
“Gosto de pensar no ativismo daquelas pessoas como uma espécie de Stonewall 2.0 (movimento que reivindicou os direitos homossexuais após uma invasão repressora da polícia em um bar gay de Nova York, em 1969). E não é exagero algum também enxergar aquelas ações como uma sequência das manifestações pelos direitos civis que aconteceram nos anos 1960 em todo o país. Ela são mais um ponto numa admirável linha de tempo”, afirmou.
O documentário, com quase duas horas de duração, resgata imagens de arquivo, gravações amadoras feitas por integrantes do ACT UP, além de depoimentos de ativistas que participaram e sobreviveram à epidemia da doença.
Entre os acontecimentos de mais destaque, está o “beijaço” em frente ao hospital St.Vincent, em NY, em que a equipe médica era acusada de maus tratos a pacientes com Aids. Vale ressaltar também o protesto contra as normas da Igreja e uma camisinha gigantesca erguida em frente a casa de um deputado ultraconservador, que censurava debates na televisão e impedia investimentos na área da saúde.
Confira abaixo o trailer de "How To Survive a Plague".
