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HQ autobiográfica tem personagem lésbica com pai gay enrustido

A HQ Fun Home tem chamado a atenção da mídia brasileira nos últimos dias. Também pudera. Além de ganhar prêmios importantes como o Eisner Awards, o “Oscar dos quadrinhos” e figurar na lista de livros mais vendidos do The New York Times, foi eleito o “livro do ano” em 2006 pela revista Time.

Tido como um dos maiores fenômenos literários desta década, o livro acaba de chegar ao mercado pela Conrad. A obra tem um tom autobiográfico, no qual a quadrinista Alison Bechdel revisita a sua infância e adolescência – mostrando especialmente a descoberta de sua homossexualidade e a difícil relação com seu pai gay não-assumido, Bruce Bechdel, que passava mais tempo do casarão onde moravam do que dando atenção à família.

A obra de Alison faz diversas referências a inúmeros clássicos da literatura universal. Sua relação com o pai a lembra do mito de Ícaro e Dédalo. Já sua mãe, atriz amadora, ora é um personagem de Henry James, ora de Oscar Wilde.

A proximidade de Alison com as letras é hereditária. Seu pai era professor de literatura em Lock Heaven, a pequena cidade onde a autora cresceu. A outra ocupação dele era cuidar da casa funerária da família. Aliás, daí vem o título do livro. Fun Home é uma abreviação de Funeral Home, em inglês.

A autora, nascida na Pensilvânia, está hoje com 47 anos. Desenha e publica em jornais alternativos a tira Dykes to Watch Out For, de temática GLS, desde 1983. Essas tiras já foram traduzidas para várias línguas e compiladas em uma série de livros. Há um site com histórias disponiveis para quem quiser conhecer um pouco mais o trabalho de Alison.

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