Hugh Hefner é um exemplo quando o assunto é revolução sexual e quebra de preconceitos. Hoje, aos 86 anos, o fundador da revista Playboy deu mais um motivo para ser lembrado dessa forma.
No editorial de setembro da publicação, Hefner defende os direitos igualitários falando sobre o casamento gay e as barreiras que enfrenta através de religiosos e políticos conservadores.
“A luta pelo casamento gay é, na verdade, uma luta por todos os nossos direitos. Sem isso, nós iremos retroceder a revolução sexual e retornar para antigamente, aos tempos puritanos”, escreveu Hefner.
O empresário diz ainda que “hoje, em cada instância de direitos sexuais que se encontra sob ataque, você encontrará uma legislação forçada por pessoas que praticam discriminação disfarçada de liberdade religiosa.
"O objetivo deles é desumanizar a sexualidade de todos e reduzir o uso do sexo com o propósito de perpetuar a nossa espécie. Ao final, eles criminalizarão toda a sua vida sexual", afirma Hefner.
Considerado ícone da cultura heterossexual e descrito como pornógrafo no inicio de sua carreira, o empresário já deu diversas declarações em prol da comunidade gay. Em 2009, no documentário “Hefner: Playboy, Ativista e Rebelde”, ele comenta sobre a publicação de um conto que incomodou alguns leitores.
Tratava-se do texto “The Crooked Man," de Charles Beaumont, em que o personagem vivia em um mundo onde a sociedade era, em sua maioria, homossexual, tendo assim os heterossexuais discriminados. “Se é errado perseguir heterossexuais numa sociedade homossexual, então o inverso também está errado”, escreveu o magnata à época.