O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, anunciou que não haverá desfile da Gay Pride no país este ano. Durante um discurso em Budapeste, Orban se posicionou ao lado do presidente americano Donald Trump, afirmando que deseja passar de um papel de ‘rebeldes’ para ‘vencedores’ na luta contra o que ele chamou de ‘império liberal’. Ele aconselhou os organizadores da Gay Pride a não investirem tempo e recursos na preparação do evento, destacando que é uma ‘perda de dinheiro e tempo’.
Orban, que tem uma relação conturbada com a União Europeia e com a administração americana anterior, enfatizou a necessidade de sua administração se afirmar contra forças externas. Ele também pretende implementar uma nova legislação que visa combater organizações não governamentais que, segundo ele, servem a interesses estrangeiros. O primeiro-ministro ainda mencionou um projeto de emenda constitucional que define que uma pessoa é ‘ou um homem ou uma mulher’, em um eco do recente decreto de Trump sobre a questão de gênero.
Além disso, Orban anunciou incentivos fiscais para mães com pelo menos dois filhos e ameaçou comerciantes com a reintrodução de controles de preços, caso não cessem os aumentos de preços em meio à inflação. Desde que retornou ao poder em 2010, Orban tem sido criticado por minar o Estado de direito na Hungria, uma questão que continua a gerar controvérsia entre seus aliados europeus e a comunidade internacional.
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