No dia 28 de janeiro de 2025, legisladores do estado de Idaho, nos Estados Unidos, solicitaram ao Supremo Tribunal que revogue a decisão de Obergefell v. Hodges, que em 2015 garantiu o direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo em todo o país. A proposta, uma resolução conhecida como House Joint Memorial 1, foi aprovada na Câmara dos Representantes de Idaho com 46 votos a favor e 24 contra, sendo que todos os 9 deputados democratas e 15 republicanos se opuseram à medida.
A resolução argumenta que a decisão do Supremo Tribunal foi um “excesso ilegítimo” e solicita que o tribunal restabeleça a definição tradicional de casamento como a união entre um homem e uma mulher. A discussão em torno da resolução surge em um contexto de crescente preocupação entre os defensores dos direitos LGBT, especialmente após a decisão de 2022 que anulou Roe v. Wade, levantando temores sobre a segurança de outros direitos que poderiam ser alvo de críticas por parte de conservadores.
Heather Scott, uma das patrocinadoras da resolução, expressou a opinião de que o governo federal não deveria ter o poder de criar direitos, sugerindo que tal decisão deveria ser deixada aos estados. Por outro lado, a líder da minoria na Câmara, Ilana Rubel, destacou a preocupação de seu filho gay, que teme ser impedido de se casar com seu parceiro em Idaho, o que reflete a ansiedade de muitos membros da comunidade LGBT diante desse movimento legislativo.
A resolução ainda precisa ser aprovada pelo Senado de Idaho, que é controlado por republicanos, antes que qualquer pedido possa ser enviado ao Supremo Tribunal. Caso o Senado aprove a resolução, ela não precisará da assinatura do governador, o que facilita sua tramitação.
A situação atual em Idaho ressalta a fragilidade dos direitos conquistados pela comunidade LGBT e a necessidade de vigilância constante para proteger esses avanços em face de pressões políticas e sociais. Enquanto a maioria da população americana, segundo pesquisas da Gallup, ainda apoia o casamento entre pessoas do mesmo sexo (69%), a erosão do apoio e as tentativas de revogação de direitos fundamentais geram um clima de incerteza e preocupação entre os defensores da igualdade e da justiça social.
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