Em uma mudança significativa na abordagem da Igreja Católica em relação à formação de seminaristas, os bispos italianos aprovaram um novo programa que, embora mantenha a proibição de admitir homens com ‘tendências homossexuais profundas’, também afirma que ser gay não deve automaticamente excluir um candidato ao sacerdócio.
O documento, intitulado ‘A Formação dos Presbíteros nas Igrejas da Itália: Diretrizes e Padrões para os Seminários’, foi adotado pela Conferência Episcopal Italiana no final de 2023 e aprovado pelo Dicastério para o Clero do Vaticano para um período de teste de três anos. Com efeito a partir de 9 de janeiro de 2025, o novo protocolo visa criar um ambiente de discernimento mais amplo e inclusivo para os candidatos.
Cardeal Matteo Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana, sublinhou que o objetivo é ajudar os candidatos a se conhecerem melhor e a crescerem em maturidade. O documento reconhece que, embora a questão da sexualidade seja relevante, não deve ser o único critério considerado na avaliação de um candidato, mas sim parte de um quadro mais amplo da personalidade do jovem. A formação busca capacitá-los a viver a castidade de forma responsável e a acolher essa vivência como um presente.
A mudança reflete uma evolução no debate dentro da Igreja sobre a inclusão de homens gays no sacerdócio, permitindo uma abordagem mais reflexiva e humana, que pode ressoar positivamente com a comunidade LGBT. Essa nova diretriz representa um passo em direção a uma maior compreensão e aceitação, alinhando-se com as conversas contemporâneas sobre identidade e inclusão dentro da Igreja Católica.
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