O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos tem enfrentado uma polêmica significativa após a implementação de uma nova ordem executiva do presidente Donald Trump, que redefine a noção de gênero. De acordo com a nova diretriz, as únicas categorias reconhecidas são ‘masculino’ e ‘feminino’, eliminando assim termos como ‘transsexual’ e ‘não-binário’ de documentos e pesquisas oficiais. Essa mudança forçou os pesquisadores que trabalham para o governo a censurar seus estudos, removendo referências à identidade de gênero e outros termos relacionados.
Essas restrições não se limitam apenas à linguagem, mas também impactam a coleta de dados. Informações cruciais, como estatísticas sobre HIV entre pessoas trans e dados sobre comportamentos de saúde de jovens, foram excluídas dos sites dos órgãos de saúde federais. A falta dessas informações é alarmante, especialmente em um momento em que a saúde pública exige dados precisos para entender e combater epidemias como o HIV.
Além disso, a nova política provocou um movimento entre pesquisadores e estudantes, que se uniram para salvar dados antes que mais informações desapareçam do domínio público. Eles estão especialmente preocupados com a possibilidade de que dados relevantes para pesquisas sobre COVID-19, câncer e doenças cardíacas também sejam afetados.
Essas mudanças têm gerado um crescente descontentamento entre a comunidade LGBT e defensores dos direitos humanos, que veem isso como um retrocesso nos avanços em saúde pública e direitos civis. O impacto de tais decisões não afeta apenas a pesquisa acadêmica, mas também a saúde e o bem-estar de comunidades já marginalizadas.
A luta pela inclusão de identidades de gênero na pesquisa e na saúde pública é mais importante do que nunca, e a comunidade LGBT, que já enfrenta estigmas e discriminações, precisa de dados que reflitam sua realidade para garantir políticas que atendam suas necessidades específicas.
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