Baseado em fatos reais, o filme consegue emocionar o público em vários momentos, com atuações convincentes.
Ellen Page (lésbica assumida na vida real), esta diferente de tudo que já vimos nas telonas, sua personagem Stacie Andree com trejeitos mais masculinizados surpreende aqueles que estavam acostumados a ver como a garotinha frágil e doce de filmes como Juno e X-man.
Já Julianne Moore que vive a policial Laurel Hester apresenta uma personagem vaidosa, do tipo que ninguém sequer suspeita da possibilidade de ser lésbica. Um ponto muito bacana do filme, pois contribui diretamente na quebra dos esteriótipos de que todo gay é afeminado e toda lésbica caminhoneira.
Com frases marcantes e de impacto como: "Tenho que lutar por coisas dadas a você", o filme é um ótimo convite a reflexão que deve agradar a comunidade LGBT e promover a tão sonhada empatia nos héteros ao humanizar a história de duas pessoas comuns que entre um milhão de características são lésbicas.
A política e a religião também são temas abordadas nessa história que é misto de melo drama, com documentário e pitadas de humor. Humor este garantido pelo ator Steve Carell que faz um ativista LGBT bastante dedicado.
Embora não seja bacana ver um ativista ser interpretado por um comediante, o que pode soar para muitos até como uma ofensa, é compreensível que eles precisam de um contrapeso na história para que ela tivesse os seus momentos de leveza.
Difícil mesmo é conseguir sair do filme sem se emocionar, em vários momentos ele constrói uma atmosfera propícia ao choro, não só pela atuação sensível de Julianne Moore que vai mudando sua voz ao longo da história e ficando cada vez mais frágil, como também por conta da trilha sonora que embala muito bem os momentos emocionantes da trama.
Ao final do filme os telespectadores são apresentados as personagens reais que inspiraram o filme e acompanham através dos dados finais que sobem a tela o quanto a luta delas influenciou na conquista de muitos.
Sem dúvida, trata-se de um filme imperdível!