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Impunidade aumenta em crimes homofóbicos no DF

De acordo com o Indicador Cinza, instrumento elaborado pelo Estruturação – Grupo LGBT de Brasília para mensurar o nível de punição de crimes, o número de assassinatos gays no Distrito Federal diminuiu. Porém, crimes de ódio ainda continuam sem julgamento.

A média da Secretaria de Segurança do DF no caso de captura de suspeitos de crimes homofóbicos foi de 0,6 no período de 10 de dezembro de 2008 a 9 de dezembro de 2009. De acordo com o estudo do grupo Estruturação, a média do órgão caiu para 0,3 no que diz respeito a crimes cometidos nos últimos dois anos e que ainda permanecem sem solução.

De um marca de 0,6 no primeiro Indicador, o Judiciário foi para zero. O levantamento mostra que a lentidão desse setor é motivo para tal diminuição de efetividade. Há suspeitos esperando julgamento há mais de um ano.

A boa notícia é que o número de assassinatos diminuiu no DF, área abrangida pelo estudo, de 7 para 2 nos períodos estudados. Os crimes que entram no índice são os coletados em notícias de imprensa, em denúncias feitas à entidade e no levantamento realizado pelo Grupo Gay da Bahia.

Os dois assassinatos cometidos de 10 de dezembro de 2009 a 9 de dezembro de 2010 foram das travestis Sandra e Marcinha, mortas por um garoto de 15 anos, em 29 de novembro deste ano por, possivelmente, dívida com o tráfico.

Para o diretor da entidade e coordenador do Indicador Cinza, Welton Trindade, a piora serve de alerta. "Muito ruim ver a Secretaria de Segurança Pública não atuando como deveria e a Justiça sendo lenta dessa forma. O Indicador despencou de 0,6 para 0,2. Quanto mais próximo de um, menos impunidade, e vice-versa. O Estruturação vai atuar para que esse cenário mude. A situação se tornou grave", diz. 

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