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Incêndio em Cañuelas: Ataque a casal de lésbicas levanta questões sobre discurso de ódio e segurança da comunidade LGBTQIA+ na Argentina

Incêndio em Cañuelas: Ataque a casal de lésbicas levanta questões sobre discurso de ódio e segurança da comunidade LGBTQIA+ na Argentina
Incêndio em Cañuelas: Ataque a casal de lésbicas levanta questões sobre discurso de ódio e segurança da comunidade LGBTQIA+ na Argentina

Um incidente alarmante ocorreu na quarta-feira, 31 de janeiro de 2025, na cidade de Cañuelas, na província de Buenos Aires, Argentina, quando um homem ateou fogo à casa de um casal de lésbicas, devastando a propriedade. Este ataque de incêndio aconteceu apenas uma semana após o presidente argentino Javier Milei ter feito declarações homofóbicas, associando a homossexualidade e a luta pela igualdade de gênero à pedofilia durante o Fórum Econômico Mundial em Davos.

Felizmente, a família, composta por duas mulheres e sua filha de cinco anos, não estava em casa no momento do ataque, pois haviam se mudado devido ao constante assédio que estavam enfrentando por parte do agressor, que era um vizinho. Uma das mulheres, identificada como Agui, falou sobre a situação em uma entrevista: ‘Tivemos que deixar aquele lugar da noite para o dia. Fomos ameaçados, ele estava vindo atrás de nós e ninguém estava prestando atenção — nem o promotor, nem as autoridades, nem a polícia.’

O ataque lembrou um caso trágico ocorrido em maio de 2024, quando três mulheres lésbicas foram mortas em um incêndio criminoso em uma casa de acolhimento em Barracas, Buenos Aires. Naquele incidente, o agressor, Justo Fernando Barrientos, jogou trapos em chamas em um quarto onde duas mulheres estavam dormindo e tentou empurrá-las de volta para as chamas quando tentaram escapar, resultando em mortes e ferimentos graves.

Agui e sua parceira se mudaram para Cañuelas em 2022 e logo descobriram o comportamento violento do vizinho, que já havia agredido outro casal do mesmo sexo nas proximidades. As ameaças e o assédio se intensificaram, levando-as a deixar sua casa. O homem vigilava constantemente seus movimentos, fazendo gestos obscenos e até mesmo espionando sua filha com binóculos. O que mais alarmou o casal foi quando perceberam que o vizinho apontava um laser para eles, o que Agui considerou uma ‘ameaça de morte direta’.

A casa foi completamente queimada, e o fogo foi iniciado com um galão de gasolina. O casal agora está vivendo com um amigo, enquanto a segurança da comunidade LGBTQIA+ continua a ser uma preocupação crescente em meio a um clima de discurso de ódio alimentado por figuras de autoridade. Agui fez um apelo para que a comunidade participasse de uma marcha antifascista programada para o próximo sábado, ressaltando que ‘não há dúvida de que o agressor é alimentado pela atitude da pessoa que está no poder atualmente’. Este incidente trágico destaca a urgência de combater a homofobia e proteger os direitos da comunidade LGBTQIA+ na Argentina.

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