No último domingo, 16 de março de 2025, o clássico do futebol francês entre Paris Saint-Germain (PSG) e Marseille foi marcado por incidentes de homofobia e racismo, levantando mais uma vez questões sobre a capacidade do futebol francês de lidar com esses problemas. A vitória do PSG por 3 a 1 foi ofuscada pelos cânticos discriminatórios que ecoaram nas arquibancadas do Parc des Princes, em Paris.
A campanha ‘Rouge Direct’ criticou a falta de ação por parte das autoridades e pediu punições severas para os torcedores envolvidos nos cânticos homofóbicos e racistas. O árbitro Clément Turpin, considerado um dos melhores da Europa, não interrompeu a partida, mesmo diante de várias ocorrências de abusos, o que gerou indignação entre os jogadores e a torcida.
O jogador Adrien Rabiot, que atualmente defende o Marseille e já foi jogador do PSG, expressou seu descontentamento com a situação, citando diretamente o presidente do PSG, Nasser Al-Khelaifi, em uma mensagem nas redes sociais. Rabiot mencionou a dor causada pelos insultos dirigidos a sua mãe, que também é sua agente, e questionou a falta de reação das autoridades.
Os cânticos incluíam referências depreciativas aos torcedores do Marseille, com comparações a ‘ratos’, uma expressão que carrega conotações racistas. Esse tipo de comportamento tem sido tolerado por muito tempo nos estádios franceses, apesar das leis que punem insultos homofóbicos e racistas com até um ano de prisão e multas significativas.
A Ligue 1, a principal divisão do futebol na França, já implementou um plano de ação para lidar com essas questões, permitindo que torcedores denunciem incidentes. No entanto, a eficácia dessas medidas ainda é questionada, e muitos acreditam que as sanções existentes não são suficientes para conter o problema.
Este incidente é apenas mais um exemplo da necessidade urgente de ações concretas para erradicar a homofobia e o racismo no futebol, garantindo que o esporte seja um ambiente seguro e inclusivo para todos os fãs, independentemente de sua orientação sexual ou origem étnica. A comunidade LGBT e seus aliados continuam a lutar por um espaço onde o respeito e a dignidade sejam a norma, não a exceção.
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