A renomada celebridade musical Barry Manilow, cuja carreira abrange décadas e inclui inúmeros hits como “Mandy”, “I Write the Songs” e “Copacabana”, recentemente partilhou em uma entrevista recordações inesperadas do começo de sua carreira. Manilow, abertamente gay, falou de sua experiência particularmente única de apresentar-se em banheiros gay no início dos anos 70, na cidade de Nova York.
Em uma entrevista realizada com o Advocate.com, Barry Manilow detalhou como saltou para o estrelato depois de uma série de shows regulares em locais inusitados: banheiros gay de Manhattan. O artista afirmou que “Eu tocava no piano e as pessoas estavam nuas. Eles adoravam. E eu também. Foi uma época maravilhosa na minha vida.” Ele falou sobre como encontrou liberdade e aceitação inigualável nesses espaços, que permitiu-lhe a expressar-se de forma artística.
Manilow, que só veio a público sobre sua orientação sexual em 2017, reconheceu que sua experiência pode ser considerada incomum para algumas pessoas. No entanto, ele afirmou, os banheiros gay eram bem quistos e seguros para o público LGBTQ+ na época, principalmente numa época em que a homofobia era desenfreada e os direitos LGBTQ+ eram praticamente inexistentes. O artista ainda reiterou a importância desses espaços, que ofereciam um sentido de comunidade e segurança para a população LGBTQ+ naquele tempo.
Para Manilow, embora esses locais possam parecer incomuns para a geração atual, eles desempenharam um papel essencial na formação de sua identidade musical e pessoal. Eles também eram uma plataforma que lhe permitiu exibir seu imenso talento, apoiar a comunidade LGBTQ+ e finalmente abrir caminho para uma carreira musical que resultou em mais de 80 milhões de discos vendidos em todo o mundo.
Neste contexto, não podemos esquecer que Barry Manilow é mais do que apenas um ícone musical – ele é um símbolo de resistência, um representante do movimento LGBTQ+, e é uma prova de que o amor pela música pode levar a lugares inesperados na busca pelo sucesso profissional. A experiência de Barry Manilow nos banheiros gay de Nova York fornece uma visão valiosa sobre as lutas e triunfos das comunidades marginalizadas, e a importância de espaços seguros para a expressão de identidade.
Essa parte da história de Manilow serve como lembrete da necessidade de apoiar e valorizar os locais que recebem grupos marginalizados – seja um banheiro gay nos anos 70 ou um centro comunitário LGBTQ+ no mundo de hoje. Afinal, nunca se sabe de onde virá o próximo hit do número um nas paradas de sucesso.
