O Departamento de Justiça dos Estados Unidos firmou um acordo com a cidade de Antioch, na Califórnia, e sua polícia após uma investigação sobre conduta discriminatória de oficiais contra membros da comunidade. Esta investigação foi desencadeada por conversas de texto entre funcionários do Departamento de Polícia de Antioch (APD), que foram reveladas durante uma investigação separada pelo escritório do promotor do Condado de Contra Costa e pelo FBI. Os textos, que datam de setembro de 2019 a janeiro de 2022, continham ofensas raciais dirigidas a residentes negros, além de comentários depreciativos sobre George Floyd e os protestos a respeito de sua morte, ocorrida em decorrência da ação policial. Também foram encontrados trechos com mensagens homofóbicas e de teor sexual explícito.
Kristen Clarke, assistente do procurador-geral da Divisão de Direitos Civis do Departamento de Justiça, enfatizou a importância de uma polícia justa e não discriminatória como fundamental para a eficácia das agências que recebem financiamento federal. Ela afirmou que o compromisso da APD em trabalhar com o Departamento de Justiça para implementar reformas policiais envia uma mensagem clara de que a discriminação e a má conduta não serão toleradas. O acordo busca garantir que as práticas de policiamento em Antioch sejam livres de discriminação no futuro.
A cidade e o APD se comprometeram a seguir orientações de um consultor especializado em aplicação da lei para implementar reformas relacionadas ao uso da força, discriminação, má conduta, contratação e mais. Uma declaração do APD reconheceu que as ações que levaram à investigação foram inaceitáveis e que ocorreram falhas. A cidade de Antioch reafirmou seu compromisso de garantir que incidentes semelhantes não voltem a ocorrer, destacando a colaboração com o Departamento de Justiça como um passo em direção à construção de confiança, transparência e responsabilidade dentro do departamento policial.
Atualmente, a cidade de Antioch e pelo menos nove oficiais da polícia enfrentam um processo judicial por supostas violações dos direitos civis dos cidadãos, em resposta à divulgação dos textos. Um dos réus alegou que estava protegido pela imunidade qualificada, negando as acusações e afirmando que não violou os direitos dos demandantes. O Departamento de Polícia optou por não fazer comentários adicionais no momento, mas a ABC News buscou um retorno sobre as declarações feitas.
Quer ficar por dentro de tudo que rola? Dá aquele follow no Insta do Acapa.com.br clicando aqui e cola com a gente nas notícias mais quentes