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“Investigação Revela Crescente Onda de Ataques Homofóbicos em Sydney: Adolescentes Usam Aplicativos de Namoro como Isca”

Em Sydney, grupos de adolescentes têm utilizado aplicativos de namoro para atrair e atacar homens gays, resultando em uma série de ataques homofóbicos ao longo de 2024. De acordo com o Sydney Morning Herald, mais de uma dúzia de casos de agressões homofóbicas foram reportados, especialmente nas praias do norte e em subúrbios do oeste e sudoeste da cidade. Os homens, que concordam em se encontrar com uma pessoa por meio de um aplicativo, acabam sendo atacados por gangues de adolescentes que os roubam e agredem, frequentemente utilizando armas durante os ataques. Em alguns casos, os agressores forçam as vítimas a confessar pedofilia para interromper as agressões.

Vídeos desses ataques foram divulgados no TikTok e Instagram sob um fenômeno chamado “caça aos pedófilos”, mas já foram removidos das plataformas. Desde janeiro, a polícia de New South Wales tem conduzido investigações intensivas sobre esses ataques, incluindo a formação da Strike Force Section em resposta a uma série de agressões que ocorreram em abril, onde um jovem de 16 anos foi um dos alvos.

Além disso, a polícia está investigando ligações entre esses ataques e grupos extremistas, após a descoberta de materiais de conteúdo extremista no telefone de um agressor envolvido em um incidente de esfaqueamento em uma igreja em Wakefield. Seis amigos do agressor foram presos e acusados de crimes terroristas, e evidências sugerem que alguns desses indivíduos também estiveram envolvidos em outras agressões homofóbicas na cidade.

Com relação aos ataques, pelo menos cinco adolescentes, com idades entre 14 e 17 anos, foram acusados de assalto e violência corporal, além da posse de armas não autorizadas. A polícia também prendeu 14 jovens nas praias do norte, relacionados a várias ocorrências de agressão e extorsão.

Uma fonte policial revelou que o número real de agressões pode ser maior, pois muitas vítimas, especialmente aquelas pertencentes a comunidades religiosas, hesitam em se manifestar devido ao estigma anti-gay e à pressão para confessar crimes. A crescente onda de violência contra a comunidade LGBTIQ+ em Sydney é alarmante e exige uma resposta imediata das autoridades.

Anna Brown, CEO da Equality Australia, expressou sua indignação em relação a esses ataques, enfatizando que as ameaças à comunidade LGBTIQ+ são muito reais e preocupantes. Ela destacou a necessidade urgente de proteção contra discursos de ódio e violência, pedindo que o governo implemente medidas mais rigorosas de proteção legal, mecanismos de denúncia e suporte às vítimas. Brown afirmou: “Todos os australianos têm o direito de se sentir seguros e respeitados, e todos devem poder participar da vida pública sem medo.” A urgência de defesa contra o ódio e a vilificação nunca foi tão crítica, e as leis precisam abranger tanto a violência quanto a retórica de ódio.

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