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iPrEx

Estudo anti-HIV necessita de 200 voluntários na Grande São Paulo, entre gays, HsH (homens que fazem sexo com homens), travestis e mulheres transexuais e/ou seus respectivos parceiros sexuais, todos sendo HIV negativos. O iPrEx (iniciativa profilaxia pré-exposição), com sede no Prédio dos Ambulatórios do Complexo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, tem por objetivo descobrir se o uso diário de um medicamento pode complementar o sexo seguro na prevenção ao vírus.

O medicamento em teste é o Truvada, um composto de dois elementos (Emtricitabina 200mg e Tenofovir 300mg) já aprovado para o tratamento do HIV nos Estados Unidos e Europa. Testes anteriormente realizados com macacos comprovaram que uma dose diária de Truvada tomada previamente oferece resistência à infecção por um vírus semelhante ao HIV em 100% dos casos, outro estudo feito com mulheres na África mostrou que o Tenofovir não prejudica a saúde de quem o toma e pode contribuir para a prevenção ao HIV.

O público alvo foi escolhido devido à constatação de que as opções de métodos de prevenção disponíveis para gays, bissexuais, travestis e transexuais são limitadas e o uso de profilaxia (medicina preventiva) pré-exposição é uma das poucas disponíveis. Essa população recebe prioridade na nova metodologia, visto que a imunidade ao HIV em mulheres genéticas e homens heterossexuais já está sendo avaliada através de outros procedimentos.

Àqueles(as) que sonham em ver o mundo livre da Aids e queiram participar do projeto se voluntariando, o grupo oferecerá compensação de despesas com transporte, aconselhamento médico, preservativos, além exames de HIV, Hepatites B e C e outras DSTs. Haverá encaminhamento para tratamentos e para vacinação contra Hepatite B, se necessário, e o mesmo se estenderá aos(às) parceiros(as). Para mais informações sobre o projeto e como participar, acesse: www.iprex.org.br.

O estudo – que também está sendo realizado simultaneamente no Peru, Equador, Estados Unidos, Tailândia e África do Sul – é financiado pelo órgão governamental norte-americano National Institutes of Health (NIH) e, aqui no Brasil, é promovido pelas USP (Universidade de São Paulo), UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Fundação Oswaldo Cruz, com a aprovação da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa.

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