Autoridades italianas declararam que estão dispostas a aceitar Pegah Emambakhsh, lésbica iraniana que deve ser repatriada pela Inglaterra nesta terça-feira para seu país natal, mesmo com a possibilidade de ela ser apedrejada em público, como prevê as leis do país em casos de homossexualidade.
Ministros de várias pastas mostraram interesse na história. O ministro da Justiça italiano Clemente Mastella anunciou no sábado “a plena disposição do Governo” em conceder asilo à Pegah.
Em entrevista hoje ao jornal "La Repubblica", a iraniana, 40 anos, disse que prefere "morrer" a voltar ao Irã. Ela disse temer a pena por apedrejamento à qual seria condenada por ser homossexual, o que chamou de "algo mais horrível e doloroso que a morte".
Segundo ela, as autoridades britânicas decidiram repatriá-la depois que o Ministério do Interior britânico não encontrou sua "declaração de homossexualismo". Grupos de homossexuais e membros de partidos de esquerda prometeram uma manifestação nesta segunda diante da embaixada britânica em Roma para pedir que a lésbica não seja deportada.
Pegah tem dois filhos e afirmou que fugiu do Irã em 2005 depois da prisão de sua companheira, condenada ao apedrejamento por ser considerada imoral.