O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) entregou nesta quarta-feira (13) sua defesa contra as quatro representações que o acusam de racismo e homofobia à Corregedoria da Câmara dos Deputados. Em sua defesa, Bolsonaro negou que tenha sido racista e homofóbico nas declarações dadas ao programa "CQC", da Band.
Bolsonaro voltou a afirmar que não foi racista e que entendeu errado as perguntas feitas pelo programa. Também questionou o fato de que os produtores do programa poderiam ter ligado para ele para repercutir sua resposta, pois o quadro foi gravado no dia 13 de fevereiro e só foi exibido em 28 de março.
Em seu processo de defesa, o deputado lembrou de casos que considerou semelhantes ao seu. Por exemplo, quando, em 1993, o ex-ministro José Dirceu, na época deputado federal, assinou um projeto que pedia a volta da escravidão no Brasil. Na opinião de Bolsonaro, Dirceu teria sido racista e ninguém fez nada.
Em relação à homofobia, Bolsonaro voltou a fazer ataques violentos. Declarou que não teria "orgulho" de ter filho gay e revelou que vai continuar atuando contra os programas do governo voltados para a questão LGBT.
Agora, o processo vai ser analisado pela Corregedoria da Câmara, que decidirá que tipo de punição será aplicada ao deputado, isso se a punição acontecer de fato. Especula-se que Bolsonaro seja afastado da Comissão de Direitos Humanos.