James Ivory, o aclamado cineasta conhecido por suas contribuições ao cinema gay, revelou em uma entrevista exclusiva que não se sentiu preparado para se assumir publicamente como gay durante a década de 1990. Apesar de seu trabalho em filmes que abordavam temas homoafetivos, como “Maurice” e “Call Me by Your Name”, Ivory compartilha que a pressão social e o estigma da época o desmotivaram a fazer essa declaração.
O diretor, que se tornou um ícone da cultura LGBTQ+, reflete sobre como a sociedade era menos acolhedora e compreensiva em relação à comunidade gay na época. Ele menciona que, embora tenha sempre se sentido confortável com sua sexualidade, a ideia de se assumir publicamente era intimidante. Ivory destaca que muitos de seus colegas também viviam o dilema de esconder suas identidades por medo de repercussões negativas em suas carreiras.
A conversa também aborda a evolução da aceitação de pessoas LGBTQ+ na indústria do cinema. Ivory acredita que, embora ainda haja desafios, os tempos mudaram significativamente e o público se tornou mais receptivo a histórias que refletem a diversidade sexual. Ele enaltece a importância de representar a comunidade gay de maneira autêntica nas telas e como isso pode impactar positivamente a percepção social.
Com sua carreira marcada por filmes que exploram o amor entre homens, James Ivory continua sendo uma figura inspiradora para as novas gerações de cineastas e ativistas. Seu legado não apenas celebra a arte cinematográfica, mas também serve como um testemunho da luta e do progresso da comunidade LGBTQ+ ao longo das décadas.