Javier Milei, o presidente da Argentina, tem chamado atenção com sua recente celebração de si mesmo na residência oficial, a Quinta de Olivos. Em um espaço que mais parece um templo do ego, Milei expõe um corredor repleto de retratos seus, incluindo uma ilustração que o retrata como Wolverine e uma pintura de um leão, presente da artista Loreley Portas. Essa exibição suscitou uma onda de críticas e comparações nas redes sociais, onde muitos a associaram ao famoso “Salão de Espelhos” de Luís XIV, questionando a necessidade de tal culto à personalidade.
Além disso, a revelação coincide com um esforço do presidente para se aproximar da comunidade LGBT. Recentemente, ele teve um jantar com o artista Roberto Piazza e seu esposo, Walter Vázquez, um movimento considerado por muitos como uma tentativa de reparar sua imagem após declarações controversas feitas em Davos, onde associou a homossexualidade à pedofilia. Apesar de suas tentativas de se mostrar “gay friendly”, a comunidade LGBT permanece cética e crítica, lembrando as palavras de Milei que desferiram ataques a seus direitos.
Esse cenário é um reflexo das tensões atuais e da necessidade de Milei de se reposicionar diante de um eleitorado que não esquece facilmente suas declarações passadas. Ao mesmo tempo, a decoração em Olivos levanta questões sobre a forma como líderes políticos em todo o mundo utilizam o culto à personalidade como ferramenta de poder. Javier Milei, com suas exibições de arte e tentativas de conexão com a comunidade LGBT, busca navegar por um terreno delicado, enquanto a opinião pública continua atenta às suas ações e declarações.
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