Único deputado federal assumidamente gay, Jean Wyllys (PSOL) vem recebendo inúmeros ataques e, como o A CAPA noticiou, vem sendo alvo de notícias fantasiosas nas redes sociais.
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Em sua página pessoal, o político teve que desmentir algumas delas. Jean fala sobre notícias envolvendo aborto, comunidade evangélica, família tradicional e legalização da prostituição.
Dentre as mentiras, o deputado afirma que não é contra evangélicos, mas que visa denunciar aqueles que são fundamentalistas. "Nem todos os religiosos são fundamentalistas, mas há fundamentalistas religiosos, que interpretam a Bíblia como aval para as suas perseguições odiosas contra minorias estigmatizadas como a população LGBT".
Ele também diz que não quer acabar com a família tradicional, mas que não vê prejuízo a ninguém reconhecer cerca de 50,1% das familiares brasileiras, que apresentam arranjos familiares diferentes de" "pai, mãe e filhos" (IBGE). "Reconhecer não tira nenhum direito e não lhe impõe qualquer obrigação. Reconhecer e respeitar apenas promove a paz e o respeito".
Jean esclarece a frase de que teria dito que "cristãos são fanáticos e doentes" e que os brasileiros são "ignorantes". Segundo ele, a primeira declaração foi destinada aos fundamentalistas que o ameaçaram de morte, pois estaria "ofendendo a vontade de Deus" – e não aos cristãos. A segunda partiu sobre a possibilidade de um plebiscito sobre o casamento civil igualitário e da falta de conhecimento das pessoas sobre o assunto para decidir um direito.
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Sobre outras notícias fantasiosas, Jean desmente o boato de que ele seria a favor da pedofilia e de que queria que crianças passassem pela operação de redesignação sexual (a mudança de sexo). "Todas as afirmações são mentirosas, pois vão contra o próprio trabalho do deputado na Câmara, que tem, como um de seus focos, a proteção de crianças e adolescentes. Há muita gente mal intencionada divulgando estas frases".
Dentre as verdades, o deputado declara que pretende discutir o aborto e também legalizar a prostituição. "Essas pessoas existem, elas são sujeitos de direitos. Você pode até não concordar com a prostituição como meio de vida, mas negar que as e os profissionais do sexo devem ter seus direitos protegidos como qualquer outro trabalhador é concordar com uma grande injustiça".