Jimmy Carter, o ex-presidente dos Estados Unidos, faleceu em 30 de dezembro de 2024, aos 100 anos, deixando um legado significativo nos direitos humanos e na luta pelos direitos LGBTQ+. Durante sua presidência, de 1977 a 1981, Carter se destacou por ser o primeiro presidente a convidar ativistas gays para a Casa Branca, incluindo Harvey Milk, uma figura icônica na luta pelos direitos LGBTQ+. Esse ato simbólico foi um marco para a visibilidade da comunidade, promovendo um diálogo importante sobre direitos e aceitação.
Carter também suspendeu a proibição de pessoas gays e lésbicas na administração pública, um passo crucial para combater a discriminação que havia se intensificado durante o período conhecido como “Lavender Scare”. Além disso, ele aboliu a exigência de que organizações sem fins lucrativos LGBTQ+ declarassem a homossexualidade como uma patologia, promovendo um reconhecimento mais positivo da diversidade sexual.
Após deixar a presidência, Carter continuou a defender os direitos LGBTQ+, afirmando que “Jesus aprovaria o casamento gay”, reiterando sua crença de que o amor e a aceitação são fundamentais. Ele se tornou uma voz respeitada em prol da igualdade, mesmo em um momento em que muitos líderes religiosos usavam sua fé para justificar a discriminação.
O impacto de Carter na política e na sociedade americana é indiscutível, e seu apoio à comunidade LGBTQ+ encorajou outros líderes a adotarem uma postura mais inclusiva. O presidente Joe Biden homenageou Carter após sua morte, reconhecendo sua coragem em abordar questões sensíveis, como os direitos LGBTQ+, em um contexto muitas vezes hostil.
A Human Rights Watch expressou sua gratidão pelo legado de Carter, que, ao longo de sua vida, se tornou uma voz proeminente em defesa dos direitos LGBTQ+, contribuindo para que as vozes da comunidade fossem ouvidas. Embora o progresso tenha sido gradual, os valores de compaixão e inclusão que Carter defendeu ajudaram a criar um ambiente onde todos, independentemente de sua orientação sexual, podem lutar por igualdade e dignidade.
Carter será lembrado não apenas como um presidente, mas como um aliado das comunidades marginalizadas, cuja vida e legado inspiram a luta contínua por justiça e igualdade para todos, especialmente para a comunidade LGBTQ+.
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