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Jornal do RS publica tirinha acusada de incentivar homofobia dentro de casa

Homofobia tem graça? Violência doméstica pode ser usada como forma de humor? Parece que para o popular jornal O Pioneiro, de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, sim.

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Em uma tirinhado chargista Iotti, publicada na última semana, o personagem Ghilhermino pergunta para os pais se eles o apoiariam caso se assumisse gay. Enquanto a mãe diz que sim, o pai Radicci diz que irá agredir o filho e "apoiar a mão" em seu rosto.

Após ser divulgada na internet, a charge ganhou destaque, dividiu opiniões – alguns viram como só uma piada – e até manifestações virtuais. A fan page do grupo GEMIS (Gênero, Mídia e Sexualidade) repudiou a tirinha no Facebook e compartilhou a tirinha com a frase: "homofobia não tem graça".

Junto com a imagem, o grupo escreveu: "Esse é mais um dos exemplos da mídia sendo utilizada para incitar violência e reproduzir preconceito e discriminação (…) Gays, lésbicas, transexuais e bissexuais estão entre as pessoas que mais sofrem com o preconceito dentro de suas próprias casas, muitos são expulsos de seus lares. É triste pensar que, para buscar o riso dos leitores, o chargista recorre à violência desta população, já tão discriminada e estigmatizada pela sociedade".

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O jornal se manifestou dizendo que a "a tira do Iotti é focada em humor e a intenção é justamente chamar a atenção para a existência do preconceito e para o combate a ele. Nem o Iotti, nem o Pioneiro pensam como o Radicci". E publicou outra tirinha refletindo sobre as acusações de homofobia.

Detalhe: a nova tirinha também causou polêmica, uma vez que o pai – acusado de ser homofóbico – vai procurar o significado da palavra "homofobia" no dicionário. Enquanto alguns acreditaram ser uma mensagem positiva quanto à conscientização do personagem, outros consideraram um ataque, uma vez que a palavra homofobia não está listada em dicionários de língua portuguesa. 

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