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Jornal iraniano sai de circulação por entrevistar lésbica

O governo do Irã censurou um jornal local, Shargh, por publicar na edição do último sábado, 4, uma entrevista com Saghi Ghahreman- uma lésbica iraniana que vive no Canadá.

Embora a entrevista fosse focada na poesia de Saghi, o ministério da Cultura declarou que era inapropriada e fechou o jornal, alegando que Ghahreman não é poeta, mas sim uma "contra-revolucinária ativista homossexual" que promove a imoralidade.

"Ela eleva o grau de imoralidade através de suas publicações na internet", declarou o ministro, referindo-se ao site da poeta.

Advogados do Shargh lutaram contra a proibição do jornal. Em entrevista ao jornal Middle East Times, um deles afirmou que “entrevistar um indivíduo não pode ser a razão para fechar um jornal inteiro. A razão para o fechamento é injusta, por que o judiciário não protestou contra o indivíduo entrevistado."

As respostas da poetisa à entrevista mantiveram-se fora do âmbito sexual. Sua única menção à sexualidade foi a seguinte: "Os limites sexuais devem ser mais flexíveis… O imoral é imposto, pela cultura, no corpo".

No Irã, a homossexualidade é proibida. Gays e lésbicas podem até ser condenados à pena de morte no país. O jornal voltou a circular nesta segunda-feira, 6, e publicou em sua primeira página um pedido de desculpas, afirmando ter entrevistado Saghi ignorando suas escolhas pessoais. O jornal prometeu que "evitaria no futuro este tipo de pessoa e seus movimentos".

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