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José Serra chama jornalista de mentiroso e nega semelhanças de sua cartilha com “kit gay”; ouça

Apoio de evangélicos e troca de farpas com relação à criação de duas cartilhas anti-homofobia. São esses os assuntos que movem campanhas e debates dos candidatos à prefeitura de São Paulo: José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT).

Enquanto a cidade necessita de soluções para a saúde, transporte público e educação, os candidatos e a mídia parecem ter achado um ótimo filão para alavancar pontos na urna e na audiência: a pauta gay.

Na manhã desta terça-feira (16), durante entrevista à Rádio CBN, o assunto que mais repercutiu não poderia ser outro: o “kit-gay” de Haddad, enquanto gestor do Ministério da Educação, e de Serra, quando era governador do estado em 2009.

Logo na primeira pergunta, do jornalista convidado Kennedy de Alencar, questionando o porquê de sua postura intolerante ao kit anti-homofobia, já que também fez uma cartilha sobre o tema, Serra se irritou e afirmou que não há qualquer semelhança entre os dois projetos, chamando Kennedy de mentiroso.

"Você leu a cartilha inteira? Leu inteira? Kennedy, fala a verdade. Você não leu Kennedy. Faz favor, seja educado e ouça o que eu estou falando. Está falando de uma cartilha que você não leu. Se você viu você está mentindo. O que você está falando é mentira”.

O jornalista tentou argumentar que havia feito uma pergunta objetiva para Serra – se o candidato tinha se tornando mais conservador ou se suas atitudes se tratavam de uma conveniência eleitoral. Mesmo assim, ele desconversou. “Eu sei que você tem suas preferências políticas, mas modéstia Kennedy, você não pode fazer campanha eleitoral na CBN”.

Após alguns minutos de discussão, José Serra afirmou que as cartilhas são completamente diferentes e que não pregou nenhuma intolerância.

“A cartilha prega a tolerância, se você tivesse lido veria que não fala apenas de sexo. Fala de deficientes físicos, fala de pessoas com religião, fala de pessoas com certas características físicas (…). Nós pregamos contra a homofobia, a cartilha é contra a intolerância de todos os tipos, uma delas a intolerância de natureza e comportamento sexual”, declarou Serra.

O candidato disse ainda que se tratava de "uma cartilha bem feita". "Inclusive com reparos da área evangélica, que foram apresentados. Ou seja, completamente diferente da outra”.

Quanto ao o kit anti-homofibia do MEC, produzido no gestão de Haddad, Serra voltou a dizer que ele estimula a prática do bissexualismo e induz a um certo tipo de comportamento sexual.

Por fim, o candidato do PSDB declarou que nunca levantou polêmica sobre o 'kit-gay", afirmando que quem faz isso são os jornalistas e que só tocaria nesse assunto se fosse para falar sobre “o desperdício do dinheiro usado no projeto”.

“Na verdade, torraram 800 mil reais, que o TCU [Tribunal de Contas da União] está cobrando [explicações]. Ou seja, quem tem que falar sobre essa cartilha é o Haddad, não eu”, finalizou.

Abaixo, a entrevista de José Serra na íntegra à rádio CBN. A discussão sobre o kit anti-homofobia começa a partir dos 3 minutos.

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