A homofobia está espalhada por todo o Brasil. E um caso chocou a comunidade LGBT de Mongaguá, litoral de São Paulo, na última sexta-feira (3). Uma jovem de 21 anos – que prefere não se identificar – foi espancada na rua, depois de sair do trabalho.
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Ela conta que andava com um fone do ouvido pela passarela que fica sob a rodovia Padre Manoel da Nóbrega quando foi atingida por uma pedra e caiu no chão.
"Um homem começou a me chutar. Eu consegui proteger a minha cabeça e ele começou a chutar a minha costela, a minha coxa. Ele me xingava de 'sapatão' e 'veado', falava que eu tinha que morrer, que os homossexuais estão estragando tudo e que não é o que Deus quer para mundo. Ele me chutava cada vez mais forte", contou ao G1.
Outro homem que passava de bicicleta pelo local conseguiu espantar o agressor e ajudar a jovem. Ela afirma que foi a duas delegacias da cidade para fazer um boletim de ocorrência, mas que orientaram-na a ir para a Delegacia da Mulher. "Lá, falaram para eu voltar na segunda-feira. Eles viram a cara para esse tipo de crime".
De acordo com a jovem, não há dúvidas que o crime tenha teor lesbofóbico. "Eu tinha mais de R$100 na carteira. Ele não pegou nada. Ele simplesmente me chutou e me chamava de 'sapatão' e 'viado' o tempo todo", explica ela, que sente dores na cabeça e em partes do corpo. "Sou humana, tenho direitos e família".
A Comissão da Diversidade Sexual, da Ordem dos Advogados do Brasil, vai acompanhar o caso.