Imagine ter um vídeo íntimo divulgado sem a sua permissão na internet? Imagine agora que esse vídeo torna-se viral e, com todo mundo assistindo e falando sobre o momento, ele comece a atrapalhar a sua vida. Complicado, né?
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Pois foi exatamente isso que aconteceu com o mato-grossense Murilo Alberto, que teve um vídeo íntimo divulgado na rede. Ele revelou, em reportagem da Midia News, que ficou traumatizado com a história.
No caso, Murilo foi flagrando fazendo sexo oral em outro rapaz durante uma festa de réveillon particular em Sinop, 500km ao norte de Cuiabá. A terceira pessoa, que ainda não foi identificada, não só gravou o vídeo como publicou na internet.
Quando descobriu que sua imagem estava na rede, o jovem declara ter ficado com medo e que a culpa o impedia até de sair de casa. "Tinha medo das pessoas me olharem e me julgarem. Tinha medo de sair nas ruas e ser tachado como o garoto do vídeo, porque isso, na verdade, é uma perda de identidade. Você sofre assédio muito grande", declara.
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Ele declara registrou um boletim de ocorrência, mas que até hoje não tem informação de quem divulgou o vídeo. O jovem se diz desamparado. "A policia civil não deu nenhum tipo de informação do que eles fariam. Tentei buscar uma delegacia especializada em crimes virtuais aqui em Cuiabá, mas não encontrei".
De acordo com informações da Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), órgão da Polícia Civil de Mato Grosso, houve um aumento de 60% no número de crimes virtuais no Estado nos primeiros sete meses de 2015. Os crimes mais comuns são de discriminação racional, social e homofóbica. Vale lembrar que a Lei 12.737 – conhecida como Lei Carolina Dieckmann, promete punir crimes virtuais de três meses a dois anos de prisão, mais multa.
Hoje em dia, Murilo só quer saber de viver em paz ao lado do namorado e esquecer tudo isso que passou. "Eu sei que, infelizmente, não vou conseguir descobrir quem fez isso. Quero agora só poder erguer a cabeça e seguir em frente e não me culpar mais pelo fato", completou.