Jovem gay vai fazer B.O por furto e é vítima de violência homofóbica dentro da delagacia

A homofobia não tem limites e está onde menos se imagina ou espera. Recentemente, o estudante Andrei Apolônio dos Santos, de 23 anos, ao procurar uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência após furto de seu aparelho celular, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, foi agredido por um dos policiais que estava de plantão. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil (Coinpol). O jovem teve escoriações no rosto, hematomas visíveis e três dentes quebrados. Segundo contou, ele esteve na 81º DP (Itaipu), na Região Oceânica de Niterói, para fazer registro do furto, mas, assim que entrou na delegacia, começou a ser vítima de agressões, tanto físicas quanto verbais, do agente. “Eu cheguei e ele já começou a agressão com palavras homofóbicas e tapas no pé da orelha, que me deixaram com muito medo”, disse. Andrei conta que havia dois policiais no momento, mas que apenas um o agrediu por cerca de uma hora, enquanto o outro assistia, quieto. Para ele, o motivo da violência gratuita foi decorrente de sua orientação sexual. “Ele não quis fazer meu B.O., e ficou muito invocado com meu estilo de ser”, disse. Dava para ver que ele estava incomodado com que eu era, porque eu sou gay. Ele achou uma afronta eu ser um gay e querer fazer ele trabalhar às 4h da manha”, completou o jovem, que revelou ainda ter sofrido ameaças ao se retirar do local. O estudante procurou a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Niterói, onde foi encorajado e teve o apoio necessário para ir à Coinpol e à Corregedoria Geral Unificada da Secretaria de Estado de Segurança, para denunciar o caso. A Corregedoria Interna da Polícia Civil segue investigando o caso. Com informações do Portal G1