A Confraria de Jesus Adolescente, grupo de jovens católicos, enviou carta aos responsáveis pela vinda do papa Bento 16 ao Brasil, pedindo que o pontífice reconheça e respeite as relações homoafetivas.
“Queremos que a Igreja aceite uma união homoafetiva legítima, fraterna e bela, à qual não se poderá sensatamente opor restrições”, diz o teólogo Tibério Porto. Para a Confraria, a homossexualidade é uma “expressão da natural versatilidade criativa divina”, “pois se até a degradação machista da mulher existente no Novo Testamento já foi abandonada, por que não as críticas aos gays?”.
De acordo com estimativas do grupo E-jovem, de Campinas, três adolescentes gays cometem suicídio todos os dias no País. Para os jovens católicos da Confraria, as doutrinas da igreja têm muito a ver com isso.
Deco Ribeiro, presidente do E-jovem, acredita que “é importante divulgar como os jovens gays vêem a doutrina católica”. “Afinal, a juventude é a base da sociedade. Ainda que o Estado brasileiro seja laico, ele não é desprovido de fé, pelo contrário: a Igreja ainda exerce uma influência muito poderosa. O papa dizer que a homossexualidade é um mal prejudica muita gente, católicos ou não.”
Membros da Confraria e da Ong de Campinas participarão da vigília programada para a noite do dia 9 de maio, na Praça da República, em São Paulo, em respeito a todos os homossexuais mortos por causa de questões religiosas. A visita de Bento começa em São Paulo em 9 de maio e vai até o dia 13.