Se no Brasil ainda existe a dificuldade para perceber que ofensas em partidas de futebol podem ser homofóbicas, em alguns lugares do mundo a consciência começa a mostrar o seu cartão… Vermelho.
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Durante uma partida na Noruega entre os times do Baerum e Sandnes, da segunda divisão, um jogador foi expulso depois de se referir ao adversário com termos homofóbicos.
Simen Juklerod, do Baerum, utilizou da homossexualidade para ofender o adversário – como se ela fosse algo passível de xingamento ou chacota – e recebeu um cartão vermelho do árbitro Anders Gjemhus.
Quem assistia, não entendeu o que se passou, mas apoiou o juiz, que não classificou o gesto como "homofobia", mas "comportamento ofensivo e inapropriado". Em entrevista, o juiz declarou que chegou a dar um cartão amarelo em outra partida pelo mesmo motivo e que resolveu chamar atenção para a questão.
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O jogador pediu desculpas: "Lamento pelo que disse. Não foi a minha intenção ofender ninguém. Aconteceu no calor do jogo. Muita coisa é dita durante os jogos e eu fui um pouco longe demais. Quando você diz algo como o que eu disse, deve ser punido. O árbitro estava certo".
O Baerum, clube de Juklerod, reprovou a atitude do seu próprio jogador no Twitter. "Não aceitamos que nossos jogadores chamem o outro de gay ou similares. Eles dizem um monte de porcaria durante as partidas, mas para esse material temos tolerância zero. Foi lamentável. O caso também será tratado internamente", escreveu.