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Juiz será processado por sentença homofóbica em caso de Richarlyson

O Tribunal de Justiça de São Paulo acatou denúncia contra o juiz Manoel Maximiiano Junqueira Filho, da 9ª Vara Criminal da capital, que arquivou o processo movido pelo jogador Richarlyson, do São Paulo, contra um cartola palmeirense, afirmando ser o futebol “jogo viril, varonil, não homossexual“.

A Corregedoria-geral da Justiça manifestou-se a favor de abertura de procedimento administrativo sobre a conduta homofóbica e discriminatória do juiz em sessão ontem, quarta-feira 15.

Esta não é a primeira vez que Junqueira Filho é investigado. Ele já teve sua conduta questionada em uma dezena de representações, chegando, inclusive, a ser condenado à penas de censura e advertência.

O juiz está licenciado e foi afastado do caso Richarlyson. A queixa-crime do volante são-paulino contra José Cyrillo Jr., diretor administrativo do Palmeiras, será julgada pelo Juizado Especial Criminal.

Entenda o caso

Em junho passado, no programa Debate Bola, da Record, Cyrillo foi indagado sobre quem seria o jogador gay no time do Palmeiras disposto a assumir publicamente sua sexualidade num programa da TV Globo. Ele respondeu: “Não, o Richarlyson quase foi do Palmeiras. O procurador dele assinou um pré-contato com o Palmeiras, mas no dia seguinte ele foi para o São Paulo” (para ver o vídeo, clique aqui).  O atleta alegou que se sentiu ofendido e, com base no artigo 22 da Lei de Imprensa, que trata de injúria por meio da mídia, foi à Justiça.

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