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Juíza do caso de Alexandre Ivo é assassinada em Niterói

A juíza Patrícia Acioli,44, que cuidava do caso de Alexandre Ivo, jovem homossexual morto em São Gonçalo,  foi assassinada em uma emboscada nesta madrugada, sexta-feira (12), em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. Patrícia era considerada uma juíza linha dura e cuidava de casos de grupos de extermínios e milícias da região de São Gonçalo.

O primo da juíza, Humberto Nascimento, disse à imprensa que Patrícia recebia ameaças de morte há pelo menos cinco anos. Também declarou que a prima era "despreocupada", não tinha carro blindado e nem seguranças particulares.

Patrícia Acioli foi assassinada quando chegava em casa. O seu veículo foi atingido por, pelo menos, 16 tiros. Os criminosos estavam em dois carros e duas motos. Todos fugiram. O carro passa por perícia na Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. A polícia trabalha com hipótese de crime encomendado.

Caso Alexandre Ivo
Na tarde de ontem, quinta-feira (11), estava marcada a audiência para ouvir o depoimento dos acusados de terem assassinado Alexandre Ivo, 14. Porém, a juíza havia transferido a audiência para setembro. Em comunicado, o primo de Alexandre, Marco Duarte, que acompanha todo o caso, disse que todos estão "muitos tristes e abalados com a notícia da morte de Patrícia Aciolli".

À reportagem de A Capa, a mãe de Alexandre, Angélica Ivo, disse ter conhecimento do fato e de que, ainda ontem esteve com a juíza, que se desculpou por ter desmarcado a audiência. Angélica disse que se trata de “uma grande perda” e de que Patrícia vai fazer “muita falta”. "Vamos torcer para que a justiça prevaleça neste caso, no de Alexandre e de tantos outros mais", disse Angélica.

Alexandre Ivo foi assassinado em junho de 2010. Depois de sair da casa de amigos foi vitima de uma emboscada, sequestrado, torturado e estrangulado até a morte. A mãe de Alexandre, Angélica Ivo, desde então, trava uma luta por justiça em torno do assassinato de seu filho.

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