Três pessoas serão julgadas no dia 25 de setembro de 2025 em Paris, acusadas de cyberbullying e ameaças contra a DJ Barbara Butch, que foi uma das estrelas da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A denúncia foi feita em julho de 2024, quando Barbara Butch, artista e ativista LGBT, revelou ter sido alvo de um intenso ataque virtual. Esse caso chama atenção não apenas pela gravidade das acusações, mas também pelo contexto em que ocorreu, uma vez que Barbara Butch é uma mulher lésbica e militante feminista, o que a torna um alvo de ataques por sua representação da diversidade e inclusão.
Além de Barbara, outras figuras da cerimônia também se manifestaram contra os ataques, incluindo o diretor artístico Thomas Jolly e a drag queen Nicky Doll. O Ministério Público de Paris, através do Pôle national de lutte contre la haine en ligne, liderou a investigação após a queixa apresentada pela DJ.
Barbara Butch expressou que o ataque que sofreu foi particularmente violento e que o silêncio inicial foi uma tentativa de desescalar a situação. Sua advogada, Me Audrey Msellati, enfatizou que as agressões se intensificaram, refletindo um descontentamento por parte de alguns setores da sociedade que rejeitam a representação de pessoas LGBTQ+ em eventos de grande visibilidade. A artista participou de um número intitulado ‘Festividade’, que incluiu várias drag queens e foi interpretado por alguns como uma paródia da Última Ceia, o que provocou reações negativas de grupos políticos conservadores.
O caso é um reflexo da crescente preocupação com a segurança e o respeito à diversidade, especialmente em um evento de tamanha importância global como os Jogos Olímpicos. A luta contra o cyberbullying e a promoção de um ambiente seguro para artistas e militantes da comunidade LGBT são mais relevantes do que nunca, e a expectativa é que o julgamento traga mais atenção a essas questões essenciais para a sociedade contemporânea.