No dia 9 de dezembro de 2024, o Tribunal do Júri da Comarca da Capital condenou um homem, que se autodenominava serial killer, a 20 anos de prisão em regime fechado. Este julgamento foi em decorrência do brutal assassinato de Roger André Soares da Silva, um jovem homossexual, ocorrido em 2022 no Parque Cuiabá. O réu foi considerado culpado por homicídio qualificado, motivado por razões torpes, e por ter utilizado métodos cruéis, dificultando a defesa da vítima.
Roger André, que ofereceu uma carona ao acusado, foi atacado com mais de 30 golpes de faca. Durante o interrogatório, o réu alegou que cometeu o crime ao ver a vítima como um ‘demônio’, justificando sua ação como um ato ‘em nome de Jesus’. A cena do crime foi horrenda, com o corpo da vítima encontrado em uma posição que lembrava crucificação, rodeado por cruzes desenhadas com seu próprio sangue.
A investigação revelou que o réu também estava envolvido em outro homicídio semelhante na Paraíba, demonstrando um padrão de violência extrema. Além disso, sua identidade nas redes sociais era marcada pelo apelido ‘Maycon’, uma referência ao personagem Michael Myers da famosa série de terror ‘Halloween’. Seu status de WhatsApp deixava claro que ele se via como um serial killer, enfatizando a gravidade de sua condição mental.
O caso gerou grande repercussão na mídia e na comunidade LGBTQIA+, levantando questões sobre a violência direcionada a pessoas homossexuais e a necessidade urgente de um debate mais amplo sobre segurança e proteção para a comunidade LGBT no Brasil. A condenação representa um passo importante contra a impunidade em casos de crimes motivados por ódio, mas também evidencia os desafios persistentes que a comunidade enfrenta em um ambiente muitas vezes hostil.
É vital que a sociedade continue a lutar contra a homofobia e a violência, promovendo a aceitação e o respeito às diversidades. A memória de Roger André deve servir como um lembrete da necessidade de mudança e da urgência de proteger vidas dentro da comunidade LGBTQIA+.